EUA impõem tarifa de 50% sobre exportações brasileiras; governo brasileiro reage

EUA impõem tarifa de 50% sobre exportações brasileiras; governo brasileiro reage

8/16/20251 min read

EUA impõem tarifa de 50% sobre exportações brasileiras; governo brasileiro reage

Brasília, 6 de agosto de 2025 — Os Estados Unidos implementaram, nesta quarta-feira (6), uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a tarifa total para 50%. Essa medida afeta cerca de 36% das exportações brasileiras para os EUA, representando aproximadamente 4% do total exportado pelo Brasil.

Produtos afetados e isenções

Entre os produtos impactados estão café, frutas e carnes. Por outro lado, itens como suco de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes, aeronaves civis e seus componentes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos foram excluídos da tarifa.

Justificativa dos EUA

O presidente norte-americano, Donald Trump, justificou a imposição da tarifa com base em uma "emergência nacional", alegando que as políticas e ações do governo brasileiro constituem uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA. Trump(caça as bruxas) ao ex-presidente Bolsonaro na carta ao Lula.

Reação do governo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a medida como uma afronta à soberania nacional e à relação histórica entre os dois países. Em resposta, o governo brasileiro enviou ao Congresso um pacote de medidas para mitigar os impactos da tarifa, incluindo R$ 30 bilhões em crédito para empresas afetadas.

Impactos econômicos e setoriais

Especialistas alertam que a tarifa pode comprometer a competitividade de setores como o de carnes e frutas, além de afetar negativamente as micro e pequenas indústrias. Empresas que dependem fortemente de exportações terão que absorver o custo da tarifa, comprometendo margens e capital de giro.

Perspectivas futuras

O governo brasileiro continua em diálogo com autoridades norte-americanas na tentativa de reverter a tarifa. Entretanto, analistas indicam que a medida reflete uma estratégia política interna dos EUA, com o uso da política comercial como ferramenta para influenciar o ambiente jurídico brasileiro em especial o julgamento do ex-presidente bolsonaro.