EUA retiram tarifa de 40 % sobre alguns produtos agrícolas como : carne bovina, café, frutas tropicais e outros alimentos

Brasília / Washington — Em um movimento significativo nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o presidente norte-americano Donald Trump assinou nesta quinta-feira (20 de novembro de 2025) um decreto que retira a tarifa adicional de 40 % sobre uma série de produtos brasileiros exportados para o mercado americano, incluindo itens como carne bovina, café, frutas tropicais e outros alimentos — tarifas que estavam em vigor desde agosto, como parte de uma política tarifária mais rígida da administração Trump.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar tarifas de até 40% aplicadas sobre produtos brasileiros desencadeou uma nova disputa política no Brasil. Enquanto o governo Lula celebra a medida como um sinal de fortalecimento das relações diplomáticas entre Brasília e Washington, a oposição contesta essa interpretação e atribui a mudança exclusivamente a questões internas da economia norte-americana.

Segundo líderes oposicionistas, a remoção das tarifas não seria resultado de negociações ou influência direta do governo petista, mas sim uma resposta às pressões do mercado interno dos EUA, que tem enfrentado alta nos custos comerciais e inflação do setor atacadista e varejista. Para esses grupos, a revisão tarifária é parte de um movimento mais amplo da Casa Branca para aliviar pressões sobre empresas norte-americanas que dependem de insumos importados

Produtos brasileiros contemplados

Entre os itens que deixam de sofrer a sobretaxa estão:

• Carne bovina e cortes para consumo em geral;

• Café, um dos principais produtos de exportação brasileiros;

• Frutas tropicais, sucos e derivados;

• Especiarias, cacau, vegetais e raízes;

• Bebidas, combustíveis fósseis e derivados.

  O que ainda está em discussão

  Apesar do alívio para uma parte substancial das exportações brasileiras, alguns produtos ainda permanecem sujeitos a tarifas adicionais, e o governo brasileiro busca ampliar a lista de isenções em negociações futuras. Ambos os países afirmam que o diálogo continua para ajustar regras comerciais e fortalecer a cooperação econômica.